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Em intitulada

CARTA AO CO.M.POSITOR,

 

["Prezado Compositor: Meu nome é Liduino Pitombeira e estou realizando uma pesquisa para a Fundação Cearense de Amparo à Pesquisa (FUNCAP), o CNPq e a Universidade Estadual do Ceará (UECE) sobre práticas composicionais contemporâneas, com enfoque na produção brasileira. O objetivo inicial é produzir um manual de referência, que será utilizado no bacharelado em composição da UECE, onde os alunos possam ter uma visão panorâmica da produção musical dos séculos XX e XXI, incluindo as mais variadas técnicas, estéticas e materiais.

Sua contribuição é fundamental para este projeto e pode ser feita de duas maneiras:

1- Respondendo à pequena entrevista abaixo; 2- Enviando, preferencialmente em formato eletrônico, exemplos significativos de sua obra.

Agradeço antecipadamente a atenção."

Liduino Pitombeira, Ph.D.

Composer and DCR Researcher 

at FUNCAP/CNPq/UECE]

 

 

Otacílio Melgaço

foi levado

perante construtivo

panorama,

a gentilmente se

pronunciar.

Abaixo,

fragmentos da

entrevista

mineiramente

prestada:

 

Qual a sua definição de audiência e qual a importância desta para

o seu trabalho como compositor?

 

Audiência para mim representa uma Esfinge-às-Avessas... Da sua importância: a face (desfacelada) de um claro enigma ao compositor,

casas de espelhos que servem de prismas ante-sonoros e erraticamente refratários; uma espécie de................demônio-mudo.

 

Fale um pouco sobre sua estética e técnica composicionais atuais.

 

Não compreendo muito bem o que é tratado como ‘atualidade’.

Percebo-me atrelado a Intemporalizações ascencionais que tudo iconoclastiam, desfronteirizam, indenominam... Desnudo-me de estéticas perceptivelmente rotuláveis; uma postura que não encontra ecos em cânones apilastrantes, por fim. Se minha Música, conseqüentemente, torna-se ‘babélica’...há a gênese de uma, alcunharei: ‘Inestética’,

tal qual sumo das desconstruções estilísticas que é retomado

enquanto ‘coisa-em-si’.

Contemporaneamente procuro levar ao extremo vulga ‘Improvisação’

a partir do entrecruzamento – obsessivo - de Aleatoreidade e Free-Jazz (movimento ocorrido em década de 1960 nos EUA de cunho insurgente em termos racial e sócio-cultural).

 

Na sua opinião, que obras do século XX permanecerão no repertório de concerto dos próximos duzentos anos?

 

Não me vejo aqui a citar títulos de... Parecer-me-ia profeticamente inócuo! Parafraseando Hilst, permanecerão certamente as que, nas barcaças do Tempo, nos devolvam a primitiva urna sonorosa, nos devolvam a noite,

o espaço de nos sentirmos  vastos e pertencidos, matérias redivivas, mitológicas. Sobretudo, e culmino, as que nos devolvam a fome de

nosso primeiro grito.!.

C  o  r  a  ç  ã  o  m  e  n  t  e,

O t a c í l i o. : .M e l g a ç o

                          +

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