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"O olho existe em estado selvagem.”

(André Breton; Le Surrealisme et la Peinture)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

"A visão consiste em

surpreender o símbolo das

coisas nas próprias coisas."

(Clarice Lispector;

Um Sopro de Vida)

 

I N T R O | Linguagem

- Um convite ao desamparo -

por Cristiane Sampaio de Azevedo

vide aqui

 

"Tudo é semente."

(Novalis,

Polén)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

D É P Ô T

D E S

M A R B R E S

 

 

 

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[Das Galerias:

Sítios originalmente feitos para

serem apreciados via Desktops

(detalhe configurativo:

zoom do Navegador em 100%).

O artista sugeriu a colaços

- pertencentes a sua equipe -

que cada um, com máxima

independência e genuinidade, criasse

um espaço virtual para acolher

pontuais contextos imagético-carreirísticos melgacianos. O resultado foi um leque plural e idiossincrático de olhares a reverberar a diversidade sui generis das personas e consequentemente dos engendros sônicos

d´O.M.

+

para exclusiva visualização

em dispositivos móveis, vide aqui.

&

Leia intróito arquitetado especialmente para

a experienciação das fotogalerias: aqui.]

.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- A p p e n d i x -

 

 

 

M-E-L-GAÇO POR MELG-A-Ç-O

 

 

A IMAGEM É ANTES DE TUDO

UMA E x - C U T A.

 

i | "Não há nada

tão enganador,

e por isso mesmo

tão atraente, quanto

uma superfície calma."

(James Joyce;

De Santos e Sábios)

 

ii | "As fênix estão

brincando em seu terraço. 

As fênix foram-se,

o rio prossegue a sós." 

(Ezra Pound;

A Cidade de Choan)

 

iii | O-t-a-c-í-l-i-o; do grego:

'Aquele que escuta.'

 

(O presente textículo

foi engendrado

a partir de apontamentos

do próprio artista

a respeito da configuração

sintático-estilística de suas

imagens portraitizadas

em universo internético)

 

"Na entrevisão de Benjamin e Tiedemann, Fragmentos podem ser comparados ao material de construção de uma casa da qual apenas demarcou-se a planta

ou se preparou o alicerce.

Todas as imagens que deflagram

o artista Melgaço: fragmentadas.

O corpo-em-estilhaços. Os Diabos Mudos.

Fragmentos, em sua maioria curtos, representando, por vezes, um resumo

do pensamento, raramente permitem

perceber como seu engendrador imaginava que serão interligados.

 

(O itinerário da arrumação, reunião, seleção, coordenação das peças do Quebra-Cabeça o.m.-imagístico portanto: fica sob as vistas de cada um, intransferível, ferinamente múltiplo; mutável via caleidoscópica a/de uma nova

pedagogia-do-Olhar.)

 

“A diferença entre história real e a ficção é precisamente que esta última é 'feita', enquanto

a primeira não o é.”

(Hannah Arendt;

A Condição Humana)

 

Melgaço sob aura neocubista.

cabeça [em foco: Olhos sob

o sempiterno manto anoitecido dos óculos: metafragmentariedade obscurantista?! ou...clarividente!?]; 

tronco; membros - desmembramentos sob a jurisprudência do (re)Montar.

 

Retomar na história

o princípio da Montagem.

 

Primeira etapa: construções a partir de elementos mínimos, confeccionados com agudeza e precisão. Ou seja,

a de descobrir na análise

do pequeno momento singular

o cristal do acontecimento total.

Sem dúvida, o internauta deverá exercitar-se na capacidade

de 'interpolar no

infinitamente pequeno'. 

Da incomunicabilidade

do Fragmentar (ao) Atômico?

Incomunic(h)abilidade > Fragmentalidade: mostrar, acenar,

e, ao mesmo tempo: resguardar; > Particularidade: pequena Obra de Arte: há de ser perfeita em si - autárquica - alforriada do mundo circundante. Passagem.

Quando o poeta diz moinho

de vento, ele faz o moinho

de vento ser, aparecer. Antes disso,

o moinho de vento não existia. Criar é, portanto, sempre inaugurar, e só se

inauguraa partir de um não-lugar.

Despoetizar o poema (até que seja só medula). Processo de reversão retalhada do criar para potencializá-lo!, in-augurar o lugar a fim de que, em derretimento imagético,

se não-lugarize novamente. Inexistir

o moinho de vento para vê-lo melhor, para se ver melhor: pré-pós-Quixotesco.

Levar a errância da imagem ao extremo! Desorganizá-la, desordená-la. Co-fundindo-a, confundindo-nos. Auto-educação do Olhar. Educação pela pedraria do pós-pré-moinho...

E Olhar-além: sonhar, imaginar: fazer com que o visto ganhe existência no que perde, erra - no errático, no que se - repito - confunde, no vagar - experienciar libérrimo

das pupilas. Pôr-se em experiência: ter OUVIDO bastante para o vislumbre. Ouvir, OUVIVER a imagem-em-ação. Dela não podermos nos aproximar sem nela já não estar, sem (n)ela já ser, sê-la, selados ambos, e ao sê-la: não tê-la, despossuí-la pois, pelo fragmento, não nos é mais pré-fabricada, preestabelecida, não! ao estipulada, nonada de ordenada não!.. O não-amparo da visão situando-nos no não-lugar! Só assim: FIAT LUX!

 

Ode ao Enigma da visagem! Em

sua incomunicabilidade a nos lançar por sobre o espatifar do que se vê: tentativa de dotar criativa e

teuto-romanticamente (!)

o Olhar de suma ignorância. Assim, maiorizar sua capacidade de saber, sabendo-se perenemente acriançado. Reinfancializar Íris! Súmula: desarquitetar as margens dos andaimes da visão: À Terceira Margem das retinas! Jardim

(de infância) das delícias!

 

"Uma obra dura enquanto é capaz de parecer bem diferente daquilo que o seu autor a fez."

(Paul Valéry;

Cahiers)

 

AsSim: por uma oftalmologia do Espanto! Oftalmopraxia da Arché! Pela inutilidade da mirada. Ineficácia que transforma, age e

inaugura. Irisopsia. Pela reinauguração do não-lugar através do entre-lugar. Pelos vãos, pelas frestas, filigranas, partículas, migalhas, invaginâncias da imaginofensividade sim de máxima periculosidade! Fragmentos, por quê?

A resposta é de Novalis:

"Fazer fragmentos sincopados

é uma prova de que, no universo

quotidiano, o fundo de todas

as idéias e sentimentos afetivos é fragmentado." Fragmentos sincopados. Synkopé, 'ação de cortar'. Perda temporária de consciência devido À má perfusão sanguínea encefálica, e que pode ser em razão de causas diversas. Delíquio, desmaio, lipotimia, passamento, biloura, cangolé, piloura, turica. Supressão de fonema(s), no interior da palavra. Haplologia. Som articulado sobre

um tempo fraco ou parte fraca de

um tempo, prolongado ou prolongada sobre o tempo forte ou a parte forte do tempo seguinte. Sincopar

os fragmentos da imagem! Imaginar

a síncope dos fragmentos! Imaginação: fundar o Ser pela imagem? Sondar, passar a sonda ocular por todo o Ser. SONAR. O-Olhar tal qual transformar, transpensar, poetizar

o Real, recriá-lo, romantizá-lo, desrromantizá-lo, despoetizá-lo para que, imolado (inoculado?) mil vezes,

mil e uma vezes renasça!!! Ver-pelo-ver, vis-à-vis: arriscar-se. Dispor-se, pós-monologâmico, à arena

do diálogo visionário.

 

"A ilusão nos engana justamente fazendo-nos passar por

uma percepção autêntica."

(Merleau-Ponty; Fenomenologia da Percepção)

 

Novalis novamente: "Auto- exteriorização é a fonte de todo rebaixamento, assim como, ao contrário, o fundamento de toda genuína elevação. O primeiro passo

vem a ser olhar para dentro- contemplação isolante de nosso eu - Quem se detém aqui só logra metade.

O segundo passo tem de ser eficaz olhar para fora - observação auto-ativa, contida, do mundo exterior."

(À ESCUTA DA IMAGEM: Aqueles que estão no movimento da 'saúde transcendental': autoentendimento, que é o movimento de transformação do eu...) Salute, 'salvação'/'conservação

da vida'. E de sua transcendência

pela travessa, travessura-do-visível.

A visibilidade - enquanto linguagem -

é antes de tudo uma ESCUTA. Pela processualidade proposital

da fragmentação (sincopada), fundamentada aqui - no infinitivo desamparar: na insustentabilidade das parabélicas ampolas globulares - a desorbitar! Trazer as córneas ao auscultar (escutar-espionar,

espiar-ex-piação), aplicar

o Olhar para conhecer notas, ruídos que encerram Imagem, que revelam Imaginação...e...que se produzem dentro e fora. Dentro e fora, dentro e fora dentro-e-fora dentroefora

dentrifora ó força dentrífora!

 

"Sussurro sem som | onde a gente se lembra | do que nunca soube."

(Guimarães Rosa;

Magma)

 

E, por fim, da visibilidade à Invisibilidade: ao não-lugar

que é o todo-lugar. 

As retinas, tais fênix que antes brincavam no terraço, lá se vão e

se foram e o rio do desver prossegue

a sós. Solar hierárquico, cortar

a correnteza em duas: duas

auditivas conchas em fluxo,

pavilhões desfocados. Ó Solar hierárquico pois aurauricular!

(E deixo cair a cortina de cristal!)"

 

Aux Mamelles de Tirésias!;

 

Otacílio Melgaço

 

 

 

 

E p i l ó c u l o

 

Escleróticas. Retirar

as membranas brancas

e fibrosas. Albugíneas, claras,

alvas, alvos!, branco dos olhos:

nos-dar-branco Ex-cútis dos globos homolaterais, dois ânus solares & toda imagem é antes de tudo

uma ex-cuta...

 

 

 

 

 

Debruça-te no Ouvido,

esse vão do Tempo...

 

 

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