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´Inocência é a criança, e esquecimento; um novo começo, um jogo, uma roda que gira por si mesma, um movimento inicial...' (Nietzsche)

 

 

"kolam?

 

à medida que tecnologias proliferam e criam séries inteiras de ambientes novos, os homens começam a considerar as artes como 'antiambientes' ou 'contra-ambientes' que nos fornecem os meios de perceber

o próprio ambiente.

decalcar: 'os meios de comunicação

como extensão do homem.'

em sendo assim: a Arte como meio (talvez inigualável) de apurar a percepção, com a função de indispensável treino perceptível. E em decorrência: reinvenção do cotidiano e da contemporaneidade, transambientalidade apurativa, milésimo platô.

a Arte não como bem de consumo, dieta privilegiada para a elite ou dejeto

às não-elites.

a Arte como um sistema de alarme premonitório!

até aqui: McLuhan

 

kolam!

 

'caóides' - realidades possíveis em planos

que recortam o caos.

o pintor não pinta sobre uma tela virgem, nem o escritor escreve sobre uma página branca, mas a página e a tela estão já de tal maneira cobertas de clichês preexistentes, preestabelecidos, que é preciso de início apagar, limpar, laminar, mesmo estraçalhar para fazer passar uma corrente de ar, saída do caos,

que nos traga a visão.

aerada e musicalmente, sair do caos...mesmo para nele repenetrar todavia já visionários.

assim a Ophicina de Sons (caóide sonoroso por-tanto)

se os objetos mentais da filosofia, da Arte e da ciência (isto é, as idéias vitais) tivessem um lugar, seria no mais profundo das fendas sinápticas, nos hiatos, nos intervalos e nos entre-tempos de um cérebro inobjetável, onde penetrar, para procurá-los, seria Criar.

Criar/OphiSina

até aqui: Deleuze & Guattari

 

kolam,

 

escancarar a audição.

abrir o corpo.

criar a zona em que o corpo, visto do exterior, entra em contágio com o mundo. É a zona do devir constante das crianças que brincam, em que as palavras agem e os gestos falam, em que o corpo espectral se dissolve nas forças que se conectam com as forças do outro.

até aqui: José Gil

 

da alteridade em ouviver, religare.

 

kolam: desenhos decorativos feitos no chão, com muitas variações e nomes em diferentes regiões da Índia. Padrão geométrico de linhas, pontos, triângulos e círculos traçados com pós e ervas. Naturais e biodegradáveis. Uma versão especialmente elaborada é praticada em Kerala. Muito embora tal trabalho exija horas e horas, o ponto culminante não é a finalização da complexa, elaborada imagem. Depois de culminada, representando um momento crucial de transição, é apagada com folhas de palmeiras ou por pés que dançam sobre a mesma, destinando-a a um amontoado de cores indecifráveis... Orientais (intemporal zeitgeist?) preceitos que nos remetem à

>impermanência;

>humildade;

>autorreparimento e auto e alto...

até aqui: Rustom Bharucha

 

Ali/Acolá: Ophicina de Sons:

o corpo que vai: a dança que fica..."

(Otacílio melgaço)

p a n e g y r i k ó s

o p h i c í n i c o

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