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Le Guide des Perplexes

 

 

 

 

 

por confrari|om

 

enveredamento de

Otacílio Melgaço

(concepção / roteiro / direção)

pela Sétima Arte

(CURTA-METRAGEM EM PELÍCULA).

 

personagem feminina percorre recantos de um esfingético casarão e se embrenha por interpenetrantes dimensionalidades do tempo (a começar por espectros de si mesma - quando criança, jovem e idosa - lançados em estupefaciente interseção). Tal percurso ontológico

desencadeia interações, descobertas, metamorfoses.

 

cOm um enredo repleto de simbolismos, diálogos foram prescindidos. O único e revelador elemento textual é o que dá conteúdo à missiva. 

 

sem revelar meandros nevrálgicos

da trama, - Vide, em still,

excêntricos flashes

telecinados de 

Le Guide des Perplexes:

 

 

 

 

abaixo,

reprodução da menção feita à obra

em Portal|melgaço:

 

"Experimento Cinematográfico vindo

à luz na adolescência

do Artista com influências bergmaniana & tarkovskyana.

 

Curta-metragem em película / 16 mm -, exibido em Abril de 1994 na então Usina Banco Nacional de Cinema

(Belo Horizonte/MG).

 

Livre inspiração em Maimônides.

 

 

[PLUS] Um excerto do que otacílio explana sobre seu curta-metragem poderá ser lido a seguir.

de cepa hermética porque

o tema inevitavelmente o é.

Entretanto, ainda poderá

nos servir de guia:

"Segundo o autor que também era conhecido como Musa ibn Maymun, dificuldades provenientes dos ensinamentos aristotélicos sobre causalidade mecânica, imperativo da lei natural e perenidade do universo, seriam afastadas se fosse admitida, em seu lugar, uma causa inteligente operando com finalidade.

A opinião de Aristóteles é que o universo, sendo permanente e indestrutível, é eterno - sem começo. Mosheh ben Maimon, por particular prisma, procura nos mostrar que semelhante teoria se baseia na hipótese de que

o universo é o resultado necessário da relação casual, e que essa hipótese inclui certa dose de blasfêmia. Manifesta assim, claramente, e explica sua opinião, que concorda com o filósofo grego em método de sua teoria. Pois acredita que neste universo permanece perpetuamente com

as mesmas propriedades com que o Criador o dotou, e nenhuma delas jamais mudará exceto por via de milagre em alguns casos individuais, embora o mesmo Criador tenha o poder de mudar o universo inteiro, de aniquilá-lo, ou de remover qualquer de suas propriedades. O universo teria, entretanto, um princípio e começo, pois, quando nada tinha ainda existência salvo o Deus (de Maimônides ou RaMBaM, outra das denominações do medieval rabi), sua sabedoria decretou que

o universo fosse trazido à existência a um certo tempo, que não deveria ser aniquilado ou mudado com respeito a qualquer de suas propriedades, salvo em alguns casos; alguns nos são conhecidos. Tal é a sua opinião... O que fiz, eu-Melgaço, foi delegar a um conceito íntimo de Eternidade: vocações à blasfêmia em tese aristotelicaptolomaica assim como penetrar, por artifícios cinemáticos, em dito(s) ´salvo nalguns casos´: os ainda por se conhecer. Os Miraculosos! Afastei-me da polpa religiosa do eminente hebreu e procurei mergulhar num magma filosófico a acasalar, em subjetiva Odisseia, Morada (Encantada Casa metaforizando o próprio Tempo) e Personagem (uma Mesma em períodos diversos de sua existência - chegando, em determinados cumes, a ser simultâneos...). Crítica quanto à Eternidade do Mundo? Sim. Não obstante, exultação à Eternidade-em-Si. O homem-humano inicia sua existência no ventre de uma pessoa de nossa espécie, ou seja, de uma mulher (a Personagem é feminina), que tem uma determinada forma. Quando está no ventre, ele é muito pequeno, mas tem vida, move-se e alimenta-se e cresce pouco a pouco, até que chega a um certo estágio de desenvolvimento. Ele então deixa o ventre e continua a crescer até que esteja em condições de ser notado por você. Pelo expectador Espectador do curta-metragem. (...) Se Rabbeinu Mosheh Ben Maimoné, de fato, crê, como relata em seu Guia, ser ignorância ou uma espécie de loucura fatigar nossas mentes buscando coisas que estão além de nosso alcance, sem dispor dos meios necessários para nos aproximarmos delas e se devemos nos contentar com aquilo que está ao nosso alcance e, aquilo que não pode ser abordado por inferência lógica: por seus preceitos, isso deveria ser deixado para 'o-que' foi favorecido por esta grande e divina influência...pois bem, é, em meu conceito, a Arte a intermediária - imensurável e ascensional - por meio da qual se alcança - compreendam como quiser o que afirmo como -

o Inalcançável - mesmo se no ventre de ilogicidades ou transcendente loucura! - e assim, apoteoticamente, perante tal

´o-que´: boca a boca com 'e-l-e' falaremos idêntica e perplexa Língua.” (O.M.)

 

 

adendos:

 

o filme possui passagens coloridas e em preto e branco pois houve

a incomum utilização

de dois tipos de película.

 

Saiba mais sobre

Moreh Nevuchim.

 

leia ONLINE (em Inglês)

OU FAÇA O DOWNLOAD (PDF) Do tomo que inspirou O.M.

 

confira

dados histórico-técnicos

 em Sítio Curtagora,

o espaço do audiovisual

na i n t e r n e t.

 

 

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